Após ação do MPRN, ex-servidora fantasma da ALRN é condenada a devolver R$ 1,6 milhão ao erário
O
Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) conseguiu uma condenação
judicial de ex-servidora fantasma da Assembleia Legislativa do RN (ALRN) por
ato de improbidade administrativa. Maria de Fátima Nunes do Rêgo Siqueira terá
que ressarcir R$ 1.662,068,92, equivalente ao prejuízo ao erário estadual em
decorrência do pagamento da remuneração recebida sem a correspondente
contraprestação ao serviço público, no período de agosto de 2013 a fevereiro de
2018.
Maria
de Fátima foi lotada no cargo de Assistente Parlamentar de Nível Superior para
a Subsecretaria de Material e Patrimônio – Seção de Biblioteca em 16 de agosto
de 2012, tendo permanecido formalmente nessa lotação até fevereiro de 2018,
quando foi designada para o Núcleo de Gestão de Compras de Bens e Serviços,
vinculado à Coordenadoria de Compras e Patrimônio. Os registros de frequência
dos servidores só começaram a ser feitos a partir de 2013 de forma manual, por
isso o período para ressarcimento começa a contar deste ano e não de
2012.
O
MPRN conseguiu demonstrar em ação civil pública que inexiste registro de
frequência da ré, com provas testemunhais de todos os servidores que atuavam no
setor à época dos fatos que corroboram com as alegações, somado à ausência de
indícios de que Maria de Fátima desempenhava suas atividades. Alguns servidores
antigos do Poder Legislativo relataram inclusive desconhecer a fisionomia da
ré, uma vez que nunca tiveram contato com ela.
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