MPRN move ações para que a Justiça obrigue os Municípios de Afonso Bezerra e Angicos à regularização do transporte escolar
Imagem ilustrativa |
O Ministério
Público do Rio Grande do Norte (MPRN) está movendo duas ações civis públicas
(ACP) para que a Justiça obrigue os poderes públicos de Afonso Bezerra e
Angicos a adequarem a frota de veículos que prestam serviço de transporte
escolar público (próprios ou terceirizados). A Promotoria de Justiça da Comarca
de Angicos apurou que os Municípios estão prestando irregularmente o serviço,
colocando em risco as crianças e adolescentes da rede pública que dependem
desse meio de locomoção para estudar.
Assim,
o pedido ministerial é que a Justiça determine que as adequações devem ser
feitas de acordo com Código de Trânsito, sob pena de multa diária e pessoal,
imposta ao administrador, no valor de R$ 5 mil por dia de atraso no cumprimento
da obrigação e por veículo irregular constatado. Além disso, que também
obrigue os Municípios a garantirem a manutenção de frota adequada à prestação
do serviço de transporte escolar, munida de veículos regulares, inspecionados e
autorizados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RN) para a
atividade.
Em
investigações pertinentes a inquéritos civis instaurados, o MPRN, após diversas
tentativas junto aos poderes públicos de Afonso Bezerra e Angicos, constatou
que as gestões não sinalizam qualquer possibilidade de adequação da frota de
veículos, perpetuando o problema ao longo de anos.
No
início de 2014, o Ministério Público e o Detran firmaram um termo de integração
operacional para a fiscalização semestral dos veículos que realizam o
transporte escolar nos municípios do estado. Desde então, após as duas
vistorias realizadas ao ano, o órgão detectou irregularidades nas frotas dos
dois Municípios.
A
inspeção mais recente realizada em Angicos, no segundo ciclo de 2019, constatou
que, dos nove veículos escolares analisados, todos foram considerados inaptos.
E ainda: seis dos motoristas não possuem curso específico para transporte de
alunos.
Em
Afonso Bezerra, na vistoria realizada no primeiro ciclo de 2018, dos quatro
veículos vistoriados, todos foram considerados inaptos e todos os motoristas
não possuíam curso específico para transporte de alunos.
O
Ministério Público oficiou os dois prefeitos solicitando que informassem se
possuíam interesse em firmar um termo de ajustamento de conduta (TAC) com
vistas à adequação
do
transporte escolar aos requisitos mínimos estabelecidos pelo Código de Trânsito
Brasileiro.
Porém, apesar de várias reiterações de ofício, a gestão de Afonso Bezerra
manteve-se inerte. Enquanto isso, o prefeito de Angicos informou através do
ofício que não tinha interesse em formalizar um TAC.
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