Fome cresce e atinge mais de 80 mil casas no Rio Grande do Norte
De fato.com
A
proporção de domicílios onde pelo menos uma pessoa teve fome cresceu 2,5 pontos
percentuais entre 2013 e 2018 no Rio Grande do Norte. São 81 mil lares
potiguares em insegurança alimentar grave segundo a Pesquisa de Orçamentos
Familiares (POF) 2017-2018. O número corresponde a 7,6% dos domicílios
potiguares. Em 2013, eram 53 mil domicílios nessa situação, o que equivalia a
5,1% do total do estado.
Os
dados são do módulo “Análise da Segurança Alimentar no Brasil”, da POF
2017-2018, divulgados hoje pelo IBGE. Nos 81 mil lares com insegurança
alimentar grave moram 282 mil pessoas, mas para que o domicílio seja
classificado nesse grau é necessário que, pelo menos, um morador tenha passado
fome. Para a pesquisa, uma pessoa tem fome quando passa o dia inteiro sem comer
por falta de dinheiro para comprar alimentos.
Além
da insegurança alimentar grave, há também os graus leve e moderado. Ao somar
todos eles, constata-se que 59% da população do Rio Grande do Norte vive com
algum grau de insegurança alimentar. São 2 milhões de pessoas nessa situação.
O
Rio Grande do Norte possui uma das três maiores proporções de domicílios com
insegurança alimentar grave do Nordeste. O percentual de 7,6% coloca o estado
potiguar na mesma posição que Alagoas (7,7%). Na região, o Maranhão (12,3%)
lidera com ampla diferença.
A
média do Brasil (4,6%) é inferior à média do Nordeste (7,1%) no que diz
respeito à insegurança alimentar grave. A região Norte destaca-se, nessa
perspectiva, com a maior proporção de domicílios com esse problema (10,2%), e o
Amazonas é a unidade da federação com maior índice: 14,2%.
Os
dados desta edição da POF foram coletados entre junho de 2017 e julho de 2018.
Três módulos da pesquisa já foram divulgados em 2020: “Análise da Segurança
Alimentar”, “Análise do Consumo Alimentar Pessoal” e “Avaliação Nutricional da
Disponibilidade Domiciliar de Alimentos”. O IBGE divulgará outros módulos ainda
neste ano.
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