Luís Roberto Barroso do TSE: “Tenho a esperança de que não seja necessário adiar as eleições previstas para outubro"
Eleito
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, o ministro
Luís Roberto Barroso acredita que junho será o prazo máximo para decidir sobre
o adiamento ou não das eleições municipais de 2020 por conta da pandemia do
coronavírus. Ele deu novas declarações sobre as Eleições 2020, a coluna de
Matheus Leitão, no portal da Revista Veja.
“Tenho
a esperança de que não seja necessário adiar as eleições previstas para
outubro. Mas, evidentemente, essa é uma possibilidade que não devemos
desconsiderar. A saúde da população é o bem maior a ser preservado. Se não for
possível realizar o pleito com segurança, o adiamento se imporá. Para nós, no
TSE, junho seria o prazo limite para uma definição”.
“Mesmo
que seja necessário adiar, eu espero que seja não mais do que por algumas
semanas. E que possamos realizar as eleições em novembro ou, no máximo, em
dezembro. Se puder ser assim, daríamos posse aos eleitos na data prevista na
Constituição, logo ao início de janeiro. Em suma: o adiamento deverá ser pelo
prazo mínimo inevitável”.
“A
competência para decidir acerca do adiamento é do Congresso Nacional”. “O TSE,
naturalmente, fará a interlocução necessária com a Câmara e com o Senado,
inclusive porque há questões técnicas, relacionadas a testes operacionais,
treinamento de mesários etc. que precisarão ser equacionadas”, explica.
O
magistrado afirma que a preocupação da corte eleitoral é “não prorrogar os
mandatos um dia sequer, salvo hipótese de absoluta impossibilidade material de
evitar – e, também aqui, pelo prazo mínimo inevitável”. De acordo com Luís
Roberto Barroso, “todos os Ministros do TSE” são contrários “ao cancelamento
das eleições para fazê-las coincidir em 2022”. Segundo o ministro, “há muitas
razões” para ele e seus colegas de toga serem contra a prorrogação dos
mandatos, mesmo diante da atual crise sanitária.
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