Municípios potiguares judicializam ações contra Estado para proteger cota do ICMS
Agora RN
Após
60 dias de espera e falta de negociação por parte do Governo do Estado, os
municípios potiguares decidiram por reclamar na Justiça as suas perdas no
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), em razão dos efeitos
danosos às finanças públicas municipais.
De
acordo com o Presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte –
FEMURN e Prefeito de São Paulo do Potengi, José Leonardo Cassimiro de Araújo
(Naldinho), a ação judicial tem o propósito de garantir os recursos dos
municípios, já que o ICMS é a segunda fonte mais importante de arrecadação:
“Reclamamos apenas o que é de direito constitucional dos municípios, e que foi
violado de forma desrespeitosa pelo Governo Estadual, desde que o decreto nº
29.030/2019 foi instituído, afetando, gravemente, as administrações
municipais”, afirmou.
Segundo
Naldinho, já foram impetradas 40 ações judiciais de municípios que são filiados
a FEMURN, e a estimativa é que mais 40 municípios também ingressem na Justiça
nos próximos dias.
O
Presidente da Federação lembra ainda que “os prefeitos são totalmente a favor
dos incentivos à indústria e a geração de novos empregos. Mas as administrações
municipais correm o risco de entrar em colapso financeiro, caso permaneçam sem
os recursos do ICMS”, alerta.
Na
avaliação de Naldinho, “as Prefeituras também precisam se proteger para não
sofrerem o algoz golpe da falência financeira. A cota parte do ICMS que é
repassado aos municípios é repasse constitucional. E parcela significante está
sendo confiscada dos entes municipais sem a menor consideração e respeito aos
gestores e munícipes”, afirmou.
Ainda
de acordo com o Presidente da Federação, o apelo dos municípios é que ocorra a
reposição dos recursos já retirados arbitrariamente, e que seja suspenso
futuros descontos sem a devida autorização prévia.
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