Canastra Real: investigados por desvios de R$ 2,4 milhões na Assembleia viram réus
A Justiça potiguar acatou denúncia
oferecida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e tornou rés
nove pessoas que integravam um esquema envolvendo servidores fantasmas na
Assembleia Legislativa. Segundo investigações do MPRN, o grupo teria desviado
pelo menos R$ 2.440.335,47. A investigação resultou na operação Canastra Real,
deflagrada em 17 de setembro passado.
Entre os réus estão o secretário
geral da Assembleia Legislativa, Augusto Carlos Garcia de Viveiros, e a
ex-chefe de Gabinete da Presidência da Assembleia, Ana Augusta Simas Aranha
Teixeira de Carvalho. Augusto Viveiros é acusado de ter falsificado ideologicamente
seis declarações de domicílio dos servidores indicados pelo grupo e por
integrar organização criminosa. Já Ana Augusta Simas, além da organização
criminosa, responde por peculato, que é o crime de desvio de dinheiro cometido
por servidor público.
Além de Augusto Viveiros e Ana
Augusta Simas, são réus no processo: Paulo Henrique Fonseca de Moura, Ivaniecia
Varela Lopes, Jorge Roberto da Silva, Jalmir de Souza Silva, Karla Ruama Freire
de Lima, Fabiana Carla Bernardino da Silva e Kerginaldo Braz de Lima.
Segundo as investigações do MPRN, o
esquema fraudulento foi iniciado em 2015 e tem como principal integrante a
ex-chefe de Gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa, Ana Augusta
Simas, que foi exonerada do cargo após a deflagração da operação. Para o
MPRN, Ana Augusta ocupava posição de controle ao indicar pessoas para ocupar
cargos na Casa. Para isso, a ex-chefe de Gabinete forneceu o próprio endereço
residencial para constar nos assentos funcionais e nos cadastros bancários dos
servidores fantasmas por ela indicados.