terça-feira, 22 de abril de 2025
Minha Casa Minha Vida: entenda as regras e limites de renda das faixas do programa
O Conselho Curador do Fundo de
Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) aprovou a criação da nova faixa do programa
Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil.
A modalidade permite que a classe média brasileira adquira imóveis de até R$
500 mil, com 420 meses de prazo e juros mais baixos, sendo nominais de 10% ao
ano. A medida foi anunciada pelo presidente Lula no início de abril.
A Faixa 4 contará com R$ 30 bilhões em
recursos, provenientes do FGTS, da caderneta de poupança, das Letras de Crédito
Imobiliário (LCI) e do Fundo Social do Pré-Sal. Conforme o governo, R$ 15
bilhões serão mobilizados do FGTS, que deverão ser aplicados em conjunto com
outros R$ 15 bilhões captados pelas instituições financeiras habilitadas. Segundo
o governo, a expectativa é implementar oficialmente a faixa até maio.
De acordo com informações da Agência
Brasil, com a nova faixa do programa, o Ministério das Cidades pretende
financiar cerca de 120 mil novos imóveis pelo MCMV.
Até agora, o Minha Casa, Minha Vida
atendia apenas a famílias que ganhavam até R$ 8 mil.
Reajuste nos limites de renda nas
outras faixas
Além de criar a faixa 4, o Conselho do
FGTS também estipulou o reajuste nos limites de renda das demais faixas.
Confira:
FAIXA 1 E 2 – A Faixa 1 foi elevada de
R$ 2.640 para passar a atender famílias com renda de até R$ 2.850, com subsídio
de até 95% do valor do imóvel. Já a Faixa 2 subiu o limite de renda familiar de
R$ 4.400 para até R$ 4.700, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos;
FAIXA 3 – A ampliação desta faixa
elevou o teto de renda de R$ 8 mil para R$ 8,6 mil mensais e permite a
aquisição de imóveis de até R$ 350 mil, com juros entre 7,66% e 8,16% ao ano,
sem subsídios, mas com condições de financiamento facilitadas;
FAIXA 4 – Renda familiar de R$ 8 mil a
R$ 12 mil, com juros de 10,5% ao ano, 420 parcelas e limite de financiamento de
até R$ 500 mil, de imóveis novos e usados, sem subsídio do governo.
Em virtude do uso de recursos do FGTS,
a Faixa 4 só poderá financiar a compra do primeiro imóvel, estabelecida como
regra do Fundo. O mutuário financiará até 80% do valor do imóvel e
complementará a diferença.
Novidades para o interior do Brasil
O Conselho Curador do FGTS também
aprovou o reajuste do teto do valor de compra de imóveis em municípios de até
100 mil habitantes.
Os novos limites nesses locais terão
variação de R$ 210 mil a R$ 230 mil, alta de 11% a 16% em relação aos valores
praticados atualmente.
As novidades incluem também um ajuste
para permitir que famílias com renda de até R$ 4,7 mil, atualmente nas Faixas 1
e 2, possam financiar imóveis com o teto de financiamento da Faixa 3, em R$ 350
mil.
Pela decisão, nesses casos, a linha de
crédito a ser aplicada para financiamento terá as condições da Faixa 3, ou
seja, juros entre 7,66% e 8,16% ao ano, sem acesso a descontos.

