Macau: em carta aberta, moradores da ALCANORTE clamam por Socorro
Uma situação
de extrema preocupação aprace que não tem o olhar da população salineira, pelo
menos não se ver as discussões sobre o tema nas redes sociais, ate porque
trata-se de 65 familias em situação de despejo.
Pois
é
Moradores
das vilas A, B e C da comunidade Alcanorte, em Macau-RN, divulgaram no domingo
(2) carta pedindo socorro diante de ameaça de despejo. A carta identifica que são
mais de 65 famílias, somando cerca de 280 pessoas.
“Somos
trabalhadores e trabalhadoras, estudantes que contribuímos e ajudamos na
construção do desenvolvimento da nossa Macau. A comunidade da Alcanorte desde
muitos anos é sinônimo de luta, de descaso e de abandono. Mas também é sinônimo
de resistência e de VIDA!”, escreveram.
Mesmo
assim
Diante
desta triste realidade onde 280 pessoas clamam por justiça social, os
macauenses ainda noa acordaram para situação periclitante dos seus irmãos
salineiros, uma briga que não deveria ser apenas das 65 famílias, mas de todo
macauense.
Entenda
o caso
De
acordo com moradores, uma ordem de despejo já havia sido encaminhada há cerca
de dois meses, mas foi suspensa graças aos efeitos do decreto estadual Nº
32.084, que lista uma série de exigências para que haja esse tipo de ação.
Sem
proposta para solução do conflito, o prazo para desfecho é 14 de julho. Mas nesta
segunda-feira (3), houve nova reunião de mediação entre advogado da empresa e
representantes do governo do estado e do grupo empresarial.
“O
advogado disse que irão analisar a situação das casas tipo C, mas que não há
acordo em relação às casas do tipo A e B”, disse um morador, ao apontar que 30
famílias podem perder suas casas.
Veja
o conteúdo da carta na integra :
Carta
aberta dos moradores das Vilas A, B e C, da comunidade Alcanorte, situada em Macau,
Rio Grande do Norte, os quais estão prestes a serem despejados.
É
sabido que o “direito à moradia é um direito universal e passou a ser
considerado um direito fundamental pela Declaração dos Direitos Humanos em
1948” (CAZALIS, [s.d.]).
No Brasil, o direito à moradia é assegurado no artigo 6º da Constituição
brasileira de 1988.
Porém,
nós, moradores da Alcanorte, das Vilas A, B e C estamos prestes a sermos
despejados, em função, segundo informações, de um dito projeto empresarial do
grupo SUAPE GARRIDO COMERCIO INTERNACIONAL LTDA, com sede Rua Pedro Borba, 13,
Jardim Santo Inácio, Santo Agostinho, Pernambuco, CEP: 54.515-650, inscrita no
CNPJ: 29.359.784/0001-20 e tendo como seu representante legal, o Sr. GASPAR
GARRIDO LLERA, que ignora e desconhece os direitos fundamentais a moradia e à
função social da propriedade.
Somos
mais de 65 famílias, em torno 280 pessoas, entre homens, mulheres, crianças,
pessoas idosas.
Somos
trabalhadores e trabalhadoras, estudantes que contribuímos e ajudamos na
construção do desenvolvimento da nossa Macau-RN.
A
comunidade da Alcanorte desde muitos anos é sinônimo de luta, de descaso e de
abandono. Mas também é sinônimo de resistência e de VIDA!
Esse
povo que faz parte desse Grupo deveria antes de arrematar os bens da Alcanorte
no leilão, procurar saber o que estava incluído no mesmo e aí, sim, iria ficar
sabendo da existência de famílias que há mais de trinta anos residem nesse
conjunto e é quem cuida das casas, porque senão já estariam todas caídas.
Então, de posse dessa informação procurariam negociar a venda das casas ou uma
indenização, porque despejar as famílias assim é o que não deve acontecer.
Somos gente e merecemos respeito, porque ao que parece é uma coisa que o
presidente da empresa faz questão de não aceitar e por isso nunca quis
conversar a fim de termos um diálogo. Porque se isso tivesse acontecido, não
estaríamos nessa situação.
O
grupo da Suape Garrido preferiu somente dialogar com a justiça, ignorando
totalmente os moradores e contratando vigias, para viver filmando as casas das
famílias e cuidar da segurança do seu presidente, como se o povo fosse fazer
algum mal a ele.
Tudo
isso é o que estamos enfrentando aqui na comunidade da Alcanorte e pedimos o
apoio dos poderes públicos constituídos a fim de que nos ajudem, apesar de já
termos a interveniência do governo do estado, mais ainda não é suficiente para
enfrentarmos as pressões jurídicas que estão tramitando nas comarcas do Rio de
Janeiro e aqui de Macau.
MERECE
DESTAQUE NESSA LUTA, O TRABALHO INCANSÁVEL DO VEREADOR FAGNER TEODÓSIO, QUE NÃO
MEDE ESFORÇOS E EMPENHO NESSA LUTA.
Clamamos
por socorro!
Clamamos por apoio!!
Clamamos por justiça!
Clamamos para que os nossos direitos sejam respeitados!
Moradores
das Vilas A, B,C – ALCANORTE -MACAU-RN
Nenhum comentário: