Ações do Governo reduzem índices de feminicídio no Rio Grande do Norte
O
Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, esta quinta-feira (15), foi marcado por
uma live nas redes sociais para divulgar a redução das ocorrências no Rio
Grande do Norte. O RN é, proporcionalmente, o segundo estado no Brasil com
menor índice de feminicídios em 2020, considerando grupos de 100 mil
habitantes. Em números absolutos, o estado potiguar também aparece em 2º lugar
entre as unidades da federação onde houve redução dos registros.
Em
2020 foram 10 feminicídios em solo potiguar, o que corresponde a uma queda de
38% em relação a 2019 - destaque para Distrito Federal (-47%), Rio Grande do
Norte (-38) e Sergipe (-33%). "Tudo isso na contramão de uma tendência
nacional, que registrou aumento de mulheres mortas em razão do gênero durante a
pandemia. Vale destacar que o Brasil é historicamente conhecido pelos altos
índices de feminicídio e aparece em 5º no ranking mundial da OMS", afirmou
a governadora, professora Fátima Bezerra.
Fátima
Bezerra disse que sancionou o projeto de Lei de autoria da deputada estadual
Isolda Dantas, que institui o Dia do Feminicídio no RN como forma de favorecer
a reflexão e estimular as ações de enfrentamento à violência doméstica e contra
a mulher. "Violência que humilha e oprime e que tem origem cultural.
Precisamos combater o machismo que nos ataca. O Observatório da Violência da
UFRN (Obvio) mostra que este ano tivemos redução de 24% na violência contra a
mulher em relação a 2020, ano em que houve aumento. Isto é motivo de
comemoração, até porque no plano nacional houve crescimento", disse a
governadora.
Ela
também considerou que o feminicídio deve preocupar o poder público e receber
olhar atento. Lembrou que a gestão busca atravessar as dificuldades e citou a
criação de delegacias especializadas para a mulher e a Secretaria de Estado da
Mulher, Juventude, Idosos e Direitos Humanos (Semjidh) para fortalecer redes de
proteção no estado. “Todos os dias é dia de combate, inclusive às causas
estruturais como o machismo que alimenta a violência contra a mulher. É preciso
esclarecer sobre valores da civilização, dos direitos, também nas
escolas", disse.
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